quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Palavra de vida para o mês de Dezembro 
 
«Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas» [Lc 3, 4]


Neste tempo do Advento, aqui está uma nova “palavra”, que somos convidados a viver. O evangelista Lucas foi buscar a frase de Isaías, o profeta da consolação. Para os primeiros cristãos, ela é atribuída a João, o Baptista, que precedeu Jesus.
E a Igreja, neste tempo que antecede o Natal, apresentando – como dizíamos – o Precursor, convida-nos a viver na alegria, porque João Baptista é como um mensageiro que anuncia o Rei. Este, de facto, está para chegar. Aproxima-se o tempo em que Deus cumpre as Suas promessas, perdoa os pecados, dá a salvação.

«Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas».

Mas, se esta é uma palavra de alegria, é também um convite para uma nova orientação de toda a nossa existência, para uma mudança radical de vida.
O Baptista convida a preparar o caminho do Senhor. Mas qual é esse caminho?
Anunciado pelo Baptista, Jesus, antes de sair para a vida pública e começar a sua pregação, passou pelo deserto. Foi este o Seu caminho. E no deserto, se por um lado encontrou a profunda intimidade com o Seu Pai, encontrou também as tentações – fazendo-se assim solidário com todas as pessoas –, das quais saiu vencedor. E esse mesmo percurso encontramos mais tarde, na Sua morte e ressurreição. Jesus, tendo percorrido o Seu caminho até ao fim, torna-se Ele mesmo “caminho” para nós, que estamos a caminho.
Jesus é o caminho por onde devemos seguir para podermos realizar profundamente a nossa vocação humana, que é entrar na plena comunhão com Deus.
Cada um de nós é chamado a preparar o caminho a Jesus, que quer entrar na nossa vida. É preciso, então, endireitar as veredas da nossa existência, para que Ele possa entrar em nós.
Temos que Lhe preparar o caminho, eliminando, um por um, todos os obstáculos: aqueles que são postos pelo nosso modo limitado de ver as coisas, pela nossa vontade fraca.
Temos de ter a coragem de escolher entre um caminho feito por nós e o que Ele preparou para nós. Entre a nossa vontade e a Sua. Entre um programa querido por nós e aquele que foi pensado pelo Seu amor omnipotente.
E uma vez tomada essa decisão, temos de trabalhar para adaptar a nossa vontade recalcitrante à Sua. Como? Os cristãos realizados ensinam um método bom, prático, inteligente: fazê-lo agora, neste momento.
No momento presente retiremos uma pedra após outra, para que nunca mais viva a nossa vontade em nós, mas sim a Sua.
Assim viveremos a Palavra:

«Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas».

Avenida de entrada ao centro de acolhimento de Bor

domingo, 27 de novembro de 2011

Advento: tempo de acolhimento

Ontem celebrei a s. Missa no centro de acolhimento “Bambaran”, em Bor. Este centro foi aberto no ano passado pela Diocese de Bissau e acolhe actualmente 17 crianças órfãs e abandonadas. A orientar o centro são três irmãs Marianitas, entre as quais duas são “junioristas” (quer dizer que só fizeram a profissão simples).  Gostei muito do ambiente simples e acolhedor e do amor e carinho com o qual estas irmãs se dedicam às crianças. Não é fácil recriar um ambiente familiar quando a família de origem está completamente destruída ou nunca existiu verdadeiramente. 

Ir. Alberta, ir. Esperança e ir. Eurizanda
 Mas elas estão a conseguir. Neste tempo de “advento” (= espera da vinda de Jesus) podemos olhar para elas como um exemplo de como devemos acolher o menino de Belém na nossa vida: amando-o nos mais pobres e abandonados. 


domingo, 20 de novembro de 2011

Papa Bento XVI publica a Exortação Apostólica “Africae munus”


Hoje, em Ouidah (Benim) o papa Bento XVI entregou aos bispos africanos a Exortação apostólica “Africae Munus”, que coroa e conclui os trabalhos do 2° Sínodo africano. Eis a parte conclusiva do documento:
“Possa a Igreja Católica na África ser sempre um dos pulmões espirituais da humanidade e tornar-se cada dia mais uma bênção para o nobre continente africano e para o mundo inteiro.” (n. 177).
A todos, boa leitura!
A catedral de Bissau no dia da ordenaçao episcopal de D. José Lampra Ca


sábado, 12 de novembro de 2011

O novo bispo auxiliar D. José Lampra Ca é consagrado

No dia 12 de Novembro, a nossa Diocese viveu um momento altamente significativo com a ordenação do seu primeiro bispo auxiliar, D. José Lampra Cá. O neo-eleito é natural de Blom de Biombo, onde nasceu em 1964. Foi baptizado em 1977 pelo fr. Gentile Baú, franciscano italiano, responsável daquela missão e grande evangelizador daquela região. Não é exagerado dizer que o neo-consagrado bispo é “franciscano no coração” – como ele mesmo admitiu várias vezes.
Até ao momento da consagração, D. José revestiu vários cargos, entre os quais Reitor no Seminário Menor Diocesano e professor de filosofia no Seminário Maior.
Ele vai continuar a exercer este último cargo, na espera de a Diocese encontrar um outro professor.


O neo-consagrado com D. Pedro Zilli, bispo de Bafata (a esq.) e D. Luis Mariano Montemayor, nuncio apostolico de Senegal, Mauritania, Cabo Verde e Guiné-Bissau

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Uma fraternidade muito especial

É a minha fraternidade. Somos doze, entre africanos e europeus. A nossa fraternidade é a mais numerosa da Custódia, pois somos  doze frades.
Isto porque ela engloba três entidades muito diferentes: o seminário menor, a paróquia e a fraternidade.
Acerca da fraternidade, é preciso especificar logo que a nossa é uma fraternidade de formação, com sete jovens frades a estudar no Seminário maior diocesano (1 no curso propedêutico, 1 na filosofia, 3 na teologia e 2 no ano diaconal) e cinco frades sacerdotes (dos quais 2 se ocupam do seminário franciscano e 3 da paróquia).
Somos uma comunidade muito viva, alegre e descontraída. A nossa diversidade é a nossa riqueza. Os frades sacerdotes são: fr. Joao Dias Vicente (guardião e mestre de formação), fr. Renato (pároco e professor de francês e Catecismo da Igreja católica no seminário maior), fr. José (ainda estudante no ENA = Escola nacional de administração), fr. Domingos Ihala Imbunde (reitor do seminário franciscano e professor de Historia da Igreja no seminário maior) e fr. Domingos Tchigna (vice-reitor).
Os outros sete frades são estudantes: Antonio, Arlindo, Benicio, Boaventura, Lucas, Maximo e Victorino. 

De esq. para direita: Boaventura, Domingos Tchigna, Benicio, Maximo, Renato, Victorino, Domingos Ihala, Antonio, Lucas, José, Arlindo e Joao Dias Vicente.
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