terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A paroquia de Nhoma celebra festa de Nossa Senhora da Paz

Foi no domingo passado, 27 de Janeiro de 2013. Todas as comunidades que compõem a paroquia estavam presentes: Nhacra, Dugal, Cumeré, Quidé e naturalmente Nhoma. Foi um dia de muitas emoções e muita alegria. Tudo começou com a celebração eucarística animada pelas cinco comunidades com os cânticos, as danças e o serviço litúrgico. A seguir houve uma caça ao tesouro reservada às crianças, que tiveram de dar voltas à aldeia para procurar as informações exigidas pelo jogo.
Seguiu-se o almoço comunitário, organizado em grupo: crianças, jovens e adultos. Todos comeram e, ao que parece, muito bem.
Na parte da tarde houve jogos recreativos (corrida velocidade, corrida de sacos, limão na colher, etc.). O  grupo IRIS, da paróquia de Bra', convidado especial, animava a festa com as suas danças e números acrobáticos. Foi uma ... maravilha. A gente, no fim do dia, não queria ir embora. Foi um dia inesquecível.

Os postulantes franciscanos animam a caça ao tesouro

Concurso biblico

Corrida de sacos

Dança do grupo IRIS


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Justiça popular



Em África é quase impossível ter uma justiça “justa”. Os tribunais são muito severos para com os pobres e escandalosamente favoráveis aos ricos. E então, o que fazer? A tentação é de fazer justiça com as próprias mãos. Como acontece um pouco em toda a parte onde a justiça não funciona. A África não faz excepção. Na Guiné-Bissau eu ouvi de tantos casos de julgamentos injustos que perdi toda a confiança na justiça do Estado. Para mim neste país não há sequer justiça. A parte algumas felizes excepções.
Na aldeia de Quidé, onde existe uma comunidade cristã ainda em gestação (não há nenhum baptizado), no mês passado foi apanhado um ladrão, que vinha da aldeia ao lado. Tinha furtado três cabras. A polícia apresentou-se para recupera-lo, mas a comunidade foi irremovível: “O ladrão é nosso e vamos julgá-lo nós!” Outros não estavam de acordo e insistiam que o ladrão devia ser entregue à autoridade, para que a justiça seguisse o seu curso. A discussão acendeu-se. Os chefes da aldeia insistiram no seu direito de julgar o jovem delinquente, citando outros casos de justiça “injusta” onde o ladrão tinha fugido com a cumplicidade da própria polícia. Isto não devia repetir-se, eles estavam cansados da justiça do Estado! Por fim, a polícia foi-se embora sem o jovem ladrão, que ficou lá na aldeia. Os anciãos convocaram imediatamente uma reunião, determinados a conhecer o nome do cúmplice (ou dos cúmplices) e a decidir qual era a multa que o jovem devia pagar.

O conselho da aldeia reunido em volta do ladrao (vindo da aldeia vizinha)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Presépios africanos


A gente quer saber se também em África há o hábito de fazer o presépio. Claro! Embora com outros materiais típicos do país. Eis alguns exemplos de presépios do ano 2012. Alguns são autênticas obras-primas.