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A custódia dos frades menores na Guiné-Bissau depende - como se sabe - económica e juridicamente da Província franciscana de S. António (Itália do Norte), uma situação julgada até agora inevitável, devido à extrema pobreza de muitos países africanos, entre os quais a Guiné-Bissau. Mas para quanto tempo isso irá continuar?
Tendo em conta esta preocupação, a nossa custódia convocou uma reunião no dia 20 de janeiro em Cumura, no quadro dos encontros anuais de formação permanente, para discutir sobre o tema da autossuficiência económica. As oito fraternidades tiveram a possibilidade de apresentar o próprio projeto de autossuficiência, em relação à fraternidade e às outras realidades a ela associadas (escola, hospital, paróquia).
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O panorama apresentado é extremamente rico e variado, indo da cria de animais (porcos, patos, galinhas, codornizes) aos projetos agrícolas (hortas, pontas,
bolanhas) até à gelataria (=loja de venda de gelados). Muitos projetos estão ainda em embrião (como a gelataria), enquanto outros já estão a funcionar (como a cria de porcos e galinhas, em Brá e noutras partes). O setor mais problemático parece ser neste momento a escola. A única escola rentável atualmente é a escola "Prof. António José de Sousa", em Bissau. Todas as outras mal conseguem "sobreviver" ou funcionam com subsídios vindos do estrangeiro. O mesmo discurso vale para os nossos dois hospitais, um dos quais está à beira da falência (Quinhamel) e o outro sobrevive graças à parceria com o Estado guineense (Cumura).