No dia 6 de julho passado, Fr. Eugénio Sirch, frade menor e missionário
na Guiné-Bissau, regressou à Itália. O “patriarca” (como foi definido por
alguns) decidiu voltar para casa depois de 43 anos de vida missionaria, dos
quais os últimos 35 na missão de Nhoma, da qual foi fundador, construtor e
primeiro pároco. Ele próprio explicou à comunidade
paroquial, na s. missa de despedida (celebrada no dia 5) que a decisão foi
tomada “com sofrimento” e “essencialmente por causa de motivos de saúde”.
Fr. Eugénio, frade menor da província franciscana de s.
António de Pádua, com sede em Veneza (Itália), tinha chegado à Guiné-Bissau em
1972. Depois de um período de sete anos em Cumura, onde se ocupava principalmente
de doze escolas missionarias, foi enviado pelos superiores a fundar uma nova missão
em Nhoma, no setor administrativo de Nhacra, a 25 km. da capital Bissau. Desta nova
missão ele foi o “pioneiro” em todos os sentidos, pois não existia
absolutamente nada: tudo era “mato”.
Durante alguns anos ele viveu sozinho, fazendo comunidade
com o “engenheiro” (um homem grande de
Nhoma que morava com ele). As irmãs franciscanas missionárias do Coração Imaculado
de Maria só chegaram em 1986. Durante muito tempo ele foi o mestre dos
postulantes e, a partir de 1986, o primeiro pároco da paróquia de Nossa Senhora da Paz, em Nhoma.
Com a ajuda preciosa do grupo missionário de Cordenons, ele
conseguiu construir primeiro a igreja de Nhoma (1991), depois o centro sanitário
(2003) e finalmente as escolas de ensino básico e secundário de Nhoma (2006) e a
de ensino básico de Quidé (2011).
Fr. Eugénio deixa a imagem de um construtor incansável, mas
também de um pastor zeloso e uma pessoa sensível para com os pobres e necessitados.
Obrigado, fr. Eugénio, e os nossos votos pela tua nova missão.
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