segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Nhoma é teatro de conflitos por causa de posse de terra

Pelo menos quatro pessoas morreram na terça-feira, 29 de dezembro, e várias ficaram feridas em Nhoma, no centro da Guiné-Bissau, na sequência de confrontos pela posse de bolanhas (campos de arroz). O governo está atualmente em funções nos locais onde ocorreram os confrontos. Há muito se sabe que as comunidades de Yunkun e Thun, em Nhoma, no centro da Guiné-Bissau, não se entendem. 


Catequese em Iunkum

  Nhoma é uma vila situada a 25 quilómetros de Bissau e a causa dos desentendimentos foi a posse da bolanhas, porções de terra destinadas ao cultivo de arroz. Na terça-feira, 29 de dezembro, os camponeses das duas comunidades estiveram envolvidos em confrontos violentos, provocando a intervenção da polícia e posteriormente o reforço do batalhão das Forças Armadas em Cumeré, que resultou em pelo menos quatro mortos, vários feridos, alguns gravemente , muitos camponeses de ambas as comunidades foram presos e transferidos para as celas da segunda esquadra de Bissau. O Secretário de Estado da Ordem Pública da Guiné-Bissau, Mário Fambé, deplora as mortes, mas também condena o comportamento das lideranças tradicionais das duas comunidades, lembrando que em Setembro passado ele próprio se propôs aguardar uma solução definitiva para o litígio. Enquanto isso, o governo estava considerando a melhor maneira de encerrar um conflito que já dura há muitos anos. Vários membros do governo foram ao local para tentar acalmar o clima, e a polícia instalou um poderoso dispositivo de segurança em ambas as comunidades. O governo está considerando medidas severas para levar à justiça os responsáveis ​​materiais e morais dos combates.

Preparação de uma canoa em Thum

 A lei de terras está formalmente em vigor desde 2019 e estipula que o estado é o único proprietário de terras na Guiné-Bissau, mas a posse de terras e bolanhas tem sido a principal causa de conflitos entre agricultores de várias comunidades ao longo dos anos na Guiné-Bissau. Em meados de agosto e setembro deste ano, as mesmas comunidades foram envolvidas em violentas disputas de propriedade de terras, que resultaram em feridos na época.

 

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