Era o nosso missionário mais antigo, tendo vivido 55 anos na Guiné-Bissau. Natural de Valdagno, perto de Vicenza, onde nasceu em 5 de agosto de 1941, ele sentiu muito cedo o apelo a partir missionário e respondeu com entusiasmo. Era o ano de 1967. Chegou à Guiné juntamente com dois confrades: fr. Silvano de Cao e fr. Jorge Dalla Barba: todos três estão agora no céu, saboreando os frutos do seu trabalho.
Em Itália, antes de partir, tinha feito um curso de enfermagem, mais depois de algum tempo teve de regressar à Italia para fazer um curso de mecânica (1971-1973) em vista de assumir a oficina-mecânica de Cumura. Mas as surpresas não tinham acabado, porque lhe foi pedido de estudar para ser ordenado padre. Ele de facto será ordenado sacerdote pelo bispo D. Settimio A. Ferrazzetta em 26 de junho de 1982: o primeiro padre da nova diocese que acabava de ser erigida.
O fr. Ernesto trabalhou sobretudo nas missões de Cumura e Quinhamel, lançando vários projetos de ajuda às povoações locais: cooperativas de pesca, escolas, conserto de bolanhas (arrozais) e muito mais. A sua mente era um vulcano em erupção, que mandava continuamente lava. Era foi o fundador da escola de Cumura, que conta hoje 1.500 alunos e foi também o diretor da escola de Blom (2012-2020).
Nos últimos tempos a sua saúde não era boa, por isso foi-lhe aconselhado de voltar à Itàlia para tratamento (maio de 2022). Mas o seu desejo era de morrer aqui, na sua amada Guiné. Não foi facil para ele deixar tudo e partir sem saber se ia voltar. Infelizmente, morreu de repente no dia 2 de dezembro de 2022.
Obrigado, fr. Ernesto, e que o Pai do céu seja misericordioso contigo, como tu o foste com a nosso povo.
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