Carolina, mãe, catequista e cristã exemplar

Faleceu ontem de manhã a antiga cozinheira dos frades em Nhoma, Carolina Cubos. Deixa atrás dela uma família numerosa que ela amava com extraordinário afeto e carinho (incluindo os filhos dos outros, que estavam na sua casa "em criação"). Além disso, era uma trabalhadora incansável, mas também uma cristã convicta e ativa na Igreja. Quando lhe fiz a proposta de dar catequese em N'Tchange, uma pequena aldeia perto de Dugal, aceitou logo. Eu falava em crioulo e ela traduzia para Balanta. Gostava de aumentar um pouco, dando exemplos, contando histórias, partilhando experiências. Dizia que a minha linguagem era um pouco elevada, difícil a entender. Eramos uma dupla fantástica. 

Fomos a N'Tchange durante três anos seguidos. Foi uma experiência que me marcou muito: dura, como a cabeça dos camponeses, e maravilhosa pelos frutos de conversão, de vida nova. Vimos a aldeia reviver, transformar-se. Agora a aldeia está a ser assistida pelos voluntários de "Abalalite" que lançaram projets de horticultura, de consulta médica e de escolarização. É pena que a catequese parou, talvez por falta de pessoal ou pela distância da missão católica (quase 20km). 

Mas o nome e a lembrança da Carolina irá continuar a inspirar aquela população para muito tempo.

Festa na família franciscana

 

Momentos da cerimónia 

P. Dionísio Ferraro, PIME: caiu o grande poilao

 

Nasceu na cidade de Casoni, no dia 5 de fevereiro de 1944.

Depois de ter concluído a 12ª classe no seminário diocesano de Milão, entrou no seminário do PIME.

Fez a promessa definitiva ao PIME, no dia 27 de fevereiro de 1970 e foi ordenado dia 27 de junho de 1970.

Depois de sua ordenação continuou o seus estudos em Roma, onde em 1972 obteve a licenciatura em Teologia Pastoral na Pontifícia Universidade Lateranense com tese intitulada: “O homem no mistério de Deus em São Paulo “.

Depois de estudar a língua portuguesa em Lisboa, em 1973 veio para a Guiné Bissau onde permaneceu até 2014, seguido do seu retorno definitivo para Itália.

Trabalhou em Mansoa e tabancas vizinhas construindo escolas na cidade de Mansoa e tabancas. Ao mesmo tempo trabalhou arduamente no trabalho de evangelização da região de OIO.

Foi reitor do seminário menor diocesano de Bissau e contribuiu para o início do liceu diocesano São João XXIII.

Foi superior regional dos missionários do PIME na Guiné-Bissau, de 1981 a 1985.

Trabalhou na Paroquia de Nossa Senhora da Ajuda, cidade de Bissau.

Dedicou sua vida por 14 anos na Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Bissau, onde o PIME ainda está presente. Construiu e desenvolveu comunidades cristãs em outros bairros da cidade de Bissau.

Lembramos o seu compromisso com a educação na construção de escolas: Construiu o jardim de infância, Escola Solidariedade e na formação de professores, na escola de teologia para leigos e escola sociopolítica

No âmbito litúrgico, contribuiu muito nas traduções dos livros litúrgicos para a língua criola.

Colaborou na casa de formação que mais tarde se tornou o instituto religioso diocesano.

Foi o Padre Dionísio quem convidou as Irmãs Missionárias da Imaculada, pime para a Guiné Bissau.

Foi pároco de Bambadinca – Diocese de Bafatá de 2008 a 2014.

Retornou à casa do Pai no dia 1º de outubro de 2024 na casa dos missionários idosos do PIME na Italia, dia de Santa Teresa do menino Jesus – Padroeira das missões, inicio do MÊS MISSIONARIO.

Informações obtidas no arquivo do PIME em Milão, e enviada pelo padre Michelle Brambilla secretário geral do PIME.