sábado, 2 de março de 2024

Regresso do bispo depois de tratamento na Itália

 D. José Lampra Cá, bispo de Bissau, voltou à Guiné depois de longo tratamento na Itália, no dia 2 de março. Está era a segunda vez que ele se ausentava por motivos médicos da diocese, tendo feito no ano passado oito meses de cura no hospital de Negrar. Desta vez o periodo de ausência foi mais curto, sinal que o tratamento está a dar resultado.



sábado, 24 de fevereiro de 2024

Três novos diáconos


A Custódia franciscana da Guiné-Bissau está mais uma vez de parabéns pela ordenação diaconal de três novos diáconos. A cerimonia teve lugar hoje, dia 24 de fevereiro, na paroquia de S. Benedito Africano, em Blom (região de Biombo). Os três ordenados são: fr. Abrão José Correia, fr. Arlindo Có e fr. Sergio Armando Guantcham. E eles as nossas felicitações muito fraternas. Coragem, irmãos, o caminho agora está perto.

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Primeira irmã guineense entra no instituto das Pequenas Filhas de S. José

Grande festa em casa da congregação das “Pequenas Filhas de S. José”, um instituto de origem italiana presente na Guiné desde 2008. Este instituto, que se encontra pelo momento apenas na região de Biombo, tinha tentado com outras aspirantes, mas a ir. Maísa Fernandes Felix é a primeira a ter completado toda a formação, fazendo os primeiros votos a 17 de fevereiro de 2024. Pela ocasião veio também a madre geral, ir. Elisa Baú, que, pela crônica, fazia parte do primeiro grupo de irmãs que chegou em 2008.

De esq. para dir.: ir. Lydia, uma irmã acompanhadora, p. Davide Sciocco 
(vigario geral), ir. Maisa, ir. Elisa (MG), ir. Catherine e ir. Esther. 

A ir. Maísa nasceu em 1993 em Quinhamel, na região de Biombo, onde recebeu os sacramentos do batismo e do crisma e onde frequentou a escola primária e secundária. Entrou no instituto das irmãs em 2018, onde fez toda a sua caminhada formativa (aspirantado, postulado e noviciado). Hoje ela é professa temporária. O seu exemplo poderá ser seguido em breve por outras aspirantes, que atualmente são duas: Maia e Alcione. A todas elas os nossos votos de muita coragem e perseverança no seguimento do mestre Jesus.




terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Faleceu o arcebispo franciscano D. Paul-Siméon Ahouanan, na Costa de Marfim

 


O arcebispo de Bouaké, Dom Paul Siméon Ahouanan Djro, faleceu na segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024, em Abidjan, com 72 anos de idade e 28 anos de serviço episcopal.

 

A Igreja Católica de Côte d’Ivoire tem perdido um dos seus filhos mais distinguidos. Trata-se do arcebispo de Bouaké, D. Paul Siméon Ahouanan Djro. Faleceu na segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024, em Abidjan. Paul-Siméon Ahouanan Djro, nascido em 19 de dezembro de 1952 em Bingerville, na Costa do Marfim, foi bispo de Yamoussoukro de 1995 a 2006, e, a seguir, arcebispo metropolitano de Bouaké desde 22 de setembro de 2006.

 

Paul-Siméon Ahouanan ingressou na ordem dos Franciscains, onde foi ordenado padre em 19 de julho de 1981. Paul Siméon Ahouanan é consagrado bispo em 16 de março de 1996, pelo Cardeal Bernard Yago. Nomeado para a diocese de Yamoussoukro em 6 de dezembro de 1995, ficou à frente desta diocese até 2006, quando foi nomeado coadjutor do arcebispo de Bouaké em janeiro de 2006.

 

Em março de 2015, o presidente Alassane Ouattara nomeou D. Paul Siméon Ahouanan presidente da Commission nationale pour la Réconciliation et l'Indemnisation des Victimes (Conariv), cuja tarefa principal era de fazer o recenseamento das vítimas da crise marfinense.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

A diocese de Bissau celebra o aniversário de 25 anos da morte de D. Settimio A. Ferrazzetta

Foi no dia 27 de janeiro de 1999 que D. Settímio faleceu inesperadamente, vítima de problemas cardíacos. Foi um golpe terrível para todos nós que, estando mergulhados numa guerra civil que parecia interminável, contávamos com a sua ajuda de mediador para uma resolução positiva do conflito. Mas a situação era tão tensa que foi necessário esperar o mês de abril para o enterro.

D. Settímio foi o primeiro bispo de Bissau, liderando a diocese durante 22 anos (1977-1999). Nos 44 anos que ele viveu na Guiné, ele se tornou um africano no meio dos africanos, melhor, como disse alguém, ele foi um “africano que nasceu por acaso na Itália”.

Franciscano, ele chegou à Guiné em 1955, juntamente com dois confrades, para cuidar dos leprosos, hospedados em palhotas de palha e praticamente abandonados a si mesmos. Ele foi para eles um pai, um amigo, em confidente. Para eles construiu, entre outras coisas, uma “aldeia dos leprosos” para os que, depois da cura e reabilitação, eram rejeitados pela família de origem.

Como bispo, ele promoveu as vocações sacerdotais e religiosas, abriu novas paroquias e missões, lançou inúmeros projetos em prol dos pobres e marginalizados. Mas a sua lembrança estará para sempre ligada à obra de pacificação que ele tentou lançar entre o presidente Nino e o chefe de Estado Maior, general Ansumane Mané. Não conseguiu, mas as imagens do bispo que atravessa a pés nus o rio para encontrar os dois beligerantes deu a volta do mundo. Ele realmente foi um homem de paz, que acreditava firmemente no diálogo como único método para a resolução dos conflitos. Fica para todos nós um exemplo e modelo de pastor e de franciscano, amante da paz, da reconciliação, da verdade que liberta e abre novos caminhos.

De facto, o seu lema como bispo era: “A verdade vos libertará” (Jo 8, 32).

D. Settimio atravessa o rio Impernal (na zona de Nhacra-N'Dame) 
para entrar em Bissau

Muitas pessoas consideram D. Settimio um santo, tanto que a Província de S. António dos frades menores (na Itália do Norte) decidiu abrir a causa de beatificação, que está agora na sua primeira fase, quer dizer, a recolha de todo o material existente sobre a sua pessoa (discursos, cartas, testemunhos de vida).  

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

A propósito da bênção a casais que estão fora das normas da Igreja

 

O documento "Fiducia supplicans sobre o significado pastoral das bênçãos", publicado na segunda-feira, 18 de dezembro, pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, está a criar muitas reações negativas dentro da Igreja. E, no entanto, a doutrina não foi minimamente tocada, a posição da Igreja não mudou. Simplesmente a Igreja, que é mãe, quer aproximar-se mais de tantos casais que convivem e por várias razoes não podem casar-se sacramentalmente.

Quero aqui mencionar, entre outras, a resposta positiva geral no mundo católico alemão. O presidente da Conferência Episcopal Alemã (DBK), dom Georg Bätzing, publicou uma apresentação do documento no site oficial:

"Dou as boas-vindas a esse documento e sou grato pela perspectiva pastoral que ele traz. Em Fiducia supplicans, explica-se que, em princípio, é possível e permitido que o pastor ordenado atenda aos desejos dos casais que pedem uma bênção para seu relacionamento, mesmo que não vivam de acordo com as normas da Igreja em todos os aspectos. Isso significa que uma bênção pode ser dada a casais que não têm a possibilidade de celebrar um casamento na igreja por causa de um divórcio, por exemplo, e a casais do mesmo sexo".

 

É possível consultar este documento no seguinte website:  https://press.vatican.va/content/salastampa/it/bollettino/pubblico/2023/12/18/0901/01963.html