sexta-feira, 17 de maio de 2013

Morte de Henrique Rosa, antigo Presidente de transição da Guiné-Bissau

Henrique Rosa, antigo presidente interino da Guiné-Bissau.
Henrique Rosa, antigo presidente interino da Guiné-Bissau.
AFP

O antigo Presidente de transição Guineense Henrique Rosa faleceu aos 66 anos esta madrugada no Porto onde se encontrava há largos meses por motivos de saúde.

Nascido em Bafatá no leste do país a 18 de Janeiro de 1946, Henrique Rosa foi num primeiro tempo sobretudo conhecido como empresário e como um católico fervoroso. Só depois do ex-presidente Kumba Ialá ter sido derrubado num golpe militar é que Henrique Rosa entrou para a política activa em 2003 ao assumir transitoriamente as rédeas do poder.
O desempenho de Henrique Rosa durante os dois anos em que foi Presidente foi elogiado pela comunidade internacional, os seus parceiros mais próximos tendo-o definido como a "personalidade ideal para o período de transição", um período que findou com as eleições presidenciais de Julho de 2005, em que acabou por entregar a cadeira do poder a João Bernardo "Nino" Vieira.
Tendo desde então tomado o gosto pela política, Henrique Rosa, candidatou-se às presidenciais antecipadas subsequentes à morte do Presidente Nino Vieira em 2009, ficando em terceiro lugar; Henrique Rosa também foi candidato às presidenciais de Março 2012 cujos resultados, à primeira volta, ele rejeitou juntamente com outros três candidatos, entre os quais Kumba Ialá.
Ainda durante a campanha eleitoral de 2012, Henrique Rosa que dizia querer levar novamente "A disciplina e a moral" à sociedade guineense admitiu a possibilidade de criar um partido político, um projecto que não chegou a concretizar.
Sucedem-se agora as reacções à morte do antigo Presidente. O Chefe de Estado de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, considerou que a Guiné-Bissau "perdeu um homem lúcido e inteligente", o seu antecessor, Pedro Pires, declarou que a Guiné-Bissau precisa de "mais Henriques Rosas" e a nível interno, o Governo de Transição também reagiu com pesar, prometendo um funeral de Estado para o antigo Presidente de transição, conforme disse à RFI Fernando Vaz, porta-voz do Governo de Transição.

(Artigo tirado da RFI)

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