A ir. Nizia Cabral estava hoje radiante de alegria: ela deu o passo definitivo, consagrando toda a sua vida a Deus na congregação das irmãs Clarissas Franciscanas Missionárias do Santíssimo Sacramento.
A cerimónia, lindíssima e bem organizada, teve lugar na igreja paroquial de Safim, onde o presidente da celebração foi o fr. Victor Quematcha, franciscano. Com ele estava um bom número de padres, irmãs e leigos vindos das duas dioceses da Guiné-Bissau. Também marcaram presença alguns representantes da diocese de Ziguinchor, onde as irmãs acabam de estabelecer uma nova presença. Os seus votos foram recebidos pela madre provincial, ir. Ana da Consolação Chagas, ela mesma antiga missionária na Guiné. A ir. Nizia, de etnia mancanha, é a terceira irmã guineense a entrar neste instituto religioso.
Sou frade franciscano, missionário na Guiné-Bissau desde 1993. Com este blogue quero informar sobre a vida nas nossas missões franciscanas espalhadas em África, em particular na Guiné-Bissau.
sábado, 15 de junho de 2019
quinta-feira, 6 de junho de 2019
Viva os voluntários!
Fr. Renato, Franca, Piero e fr. Piergianni |
Reconheço francamente que os voluntários são fantásticos: discretos, disponíveis, empreendedores, sabem fazer de tudo. Uma task-force invejável sobre a qual o missionário pode sempre contar. E além do mais, pagam as suas próprias despesas de viagem aérea, de comida, as viagens dentro do país, etc.
Piero em ação |
Em nossa missão de Quinhamel, todos os anos recebemos voluntários para estadias mais ou menos longas (entre uma semana e dois meses). Este ano, em particular, um casal chamou a minha atenção: Piero e Franca. Casados, aposentados, com seus filhos já instalados, eles têm estado a visitar várias missões nos últimos 15 anos. Este ano, decidiram vir à nossa missão, porque ouviram dizer que lançamos um ambicioso projeto de agricultura (recuperação de arrozais invadidos pela água do mar, experimentação de novos tipos de arroz). Piero, que antes de se aposentar trabalhava como destruidor de máquinas agrícolas, mandou um caterpillar, um trator e outras máquinas. No início eu estava muito cético sobre a possibilidade de aquela "sucata" funcionar: o tractor (antediluviano, enferrujado) tinha a chave de arranque bloqueada no painel de comando e para acender o motor era necessário ligar os fios; e o caterpillar (velho, mas ainda em bom estado) fazia cinco metros e parava. Piero, no entanto, não era da mesma opinião e com sua teimosia conseguiu fazer tudo funcionar! Um verdadeiro milagre.
Neste momento eles estão na Itália, mas com a ânsia de regressar à Guiné para continuar com a sua nova aventura africana.
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