Todo o povo guineense chorou na 6ª-feira passada (4 de Abril) pela morte de
Kumba Yalá, antigo presidente da República, que faleceu surpreendentemente aos 61
anos de idade por causa de parada cardíaca. Ele foi um personagem controverso, excêntrico,
carismático, muito amado pelo povo (sobretudo os membros da sua etnia, os “Balantas”,
aos quais restituiu a sua dignidade), mas também odiado pelos seus adversários políticos.
Antigo membro do PAIGC, decidiu fundar o seu próprio partido (o PRS) que se
tornou muito cedo o segundo partido do país. Mas o seu nome está ligado
sobretudo ao seu curto mandato como presidente da República (2000-2003), um
mandato controverso, como foi dito, tanto que os militares decidiram derrubá-lo
obrigando-o à prisão domiciliar.
Faleceu de pé, lutando, como um antigo combatente, depois de ter participado
num comício eleitoral em favor do seu amigo Nuno Nabiam, candidato independente
a estas ultimas eleições. O seu desaparecimento deixa um vazio enorme no
panorama politico guineense, devido ao seu indiscutível carisma como orador e
politico.
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