segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Padres recém-ordenados reúnem-se em N’Dame



Como de costume, os recém-ordenados reuniram-se em N’Dame nos dias 23-24 de Novembro para o encontro de fim de ano. Trata-se de encontros de formação de dois dias para os jovens sacerdotes (até cinco anos de ordenação).


Participaram oito jovens padres, entre os quais os nossos fr. Maximo Capina e fr. Boaventura da Silva, junto com os Bispos D. Lampra e D. Zilli e os membros da comissão: os Padres Abraão Sambú, Domingos Cá e Celso Corbioli.

O primeiro tema foi o baptismo dos adultos, tratado pelo P. Michel de Bajob; em seguida o casamento misto e de disparidade de culto, pelo Fr. Armando Cossá de Cumura, e no dia seguinte os desafios dos modernos meios de comunicação pelo senhor Miguel de Barros. O encontro concluiu-se com uma partilha entre todos os presentes.
Foram dois dias muito especiais quer pelos jovens padres que participaram, quer pelos oradores e os temas tratados com competência e vivacidade; um agradecimento particular vai aos dois bispos, D. Pedro e D. Lampra pelas reflexões espirituais e pela ajuda nas várias intervenções.
O próximo encontro é previsto pelos dias 29 e 30 de Março de 2017 em Nhabijão.



segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Franciscanos deixam a missao

Queremos dar noticia do regresso para a sua terra de origem de dois franciscanos que, por motivos de saúde, deixaram (ou estão para deixar) a Guiné. Trata-se de fr. Giovanni Cazzola, franciscano da provincia de S. António (Itália do Norte) e de ir. Paula Elizabeth Flores. 

O fr. Giovanni Cazzola, OFM, passou trinta e um anos na Guiné, exercendo funções variadas: reitor do seminário menor franciscano e pároco de Brá, pároco de Quinhamel, coadjutor em Blom. Ele é famoso sobretudo pelas suas músicas e cânticos, alguns dos quais muito populares (como Igreja família di Deus). Não sabemos se irá voltar.

Por seu lado, a ir. Paula Elizabeth Flores, das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceção (mexicanas), regressa para a sua terra na próxima 5a-feira (24 de novembro). Ela tinha feito um primeiro período na Guiné (2007-2011), e agora estava cá pela segunda vez (desde 2015), trabalhando como enfermeira em Contum Madina (perto de Bissau) e em Nhoma. E' obrigada a regressar por causa de uma operação ao joelho.  O povo de Nhoma gostava muito dela por ser uma irmã simpática e brincalhona. Esperamos que possa regressar.



segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Irmas franciscanas guineenses fazem os primeiros votos

Duas raparigas guineenses, ir. Maria Paulina Liocadia Ié e ir. Maria Quinta Santo Moreira, fizeram no sábado passado (12 de novembro) a sua primeira profissão no instituto das Irmãs franciscanas do Coração Imaculado de Maria. A cerimonia teve lugar durante uma celebração  eucarística presidida pelo p. Celso Corbioli e concelebrada por numerosos padres, diocesanos e franciscanos.
Estava presente também a vigária geral do instituto, ir. Paula, que veio de propósito de
Itália. A atmosfera era de grande festa na igreja de Quilele, graças também a um grupo coral muito bem preparado e ao conjunto musical de tocou magnificamente.



domingo, 6 de novembro de 2016

As irmãs franciscanas abandonam a missão de Nhoma



As irmãs franciscanas da Imaculada Conceção, mais conhecidas como as irmãs “mexicanas”, depois de apenas dois anos de presença na missão de Nhoma, abandonaram na última 5ª-feira a missão por causa de ameaças de morte. Não se sabe quem está por detrás destas ameaças, mas tudo leva a pensar que são pessoas que vivem muito perto da missão e que são cristãos. Mas porque isso? Qual foi o crime das irmãs? É muito difícil dizer, porque não se conhecem os autores do ato criminoso.
Vamos resumir os fatos. Sábado à noite, alguém lançou duas pedras contra uma janela do refeitório enquanto as irmãs estavam a comer; no domingo, houve roubo de cimento, de andaime, de gasolina num anexo da sua casa; na 2ª-feira, uma pessoa vandalizou o seu carro novo quebrando dois vidros, o retrovisor e furando um pneu. Este ultimo ato foi feito com muita rapidez pois o carro estava estacionado dentro da missão, não longe da igreja onde a gente estava a rezar (eram as 19h50).
O pessoal missionário (a equipa missionaria) reuniu-se na 3ª-feira com o bispo. No fim da reunião uma menina da casa de formação trouxe um bilhete com a escrita “Alerta: Irmãs, tomem muito cuidado porque senão é a morte”. E o bilhete continuava dizendo que as irmãs tinham um mês ou quatro semanas para deixar a missão, “senão o que vier acontecer a responsabilidade é vossa”.
Mas porque tanto ódio e hostilidade contra as irmãs? Provavelmente porque estavam a pôr ordem no dinheiro das adoções (onde tinham descoberto algumas irregularidades, senão autênticos abusos). Alguns até perderam esta ajuda económica, porque os seus filhos foram encontrados a furtar dentro da missão.
O que aconteceu em Nhoma deveria nos fazer refletir a todos nós missionários sobre a maneira como ajudamos as pessoas. Vale a pena continuar a ajudar desta forma (com adoções, bolsas, etc.)? Estamos a educar a gente ou, pelo contrário, a favorecer o parasitismo e o infantilismo?