domingo, 15 de abril de 2018

La72


No sudeste do México, muito perto da fronteira com Guatemala, encontra-se uma casa-refugio para migrantes cujo nome é La72. Foi fundada em 2011 por um franciscano, fr. Tomás González Castrillo, e até então já passaram por este centro pioneiro 50.000 migrantes. O nome do centro refere-se à descoberta, feita na localidade de S. Fernando (no estado de Tamaulipas, perto da fronteira norte do Mexico), de uma vala comum com 72 corpos de pessoas assassinadas pelo crime organizado em 2010. O nome do centro quer perpetuar a memória destas pessoas e de tantos outros migrantes que continuam a morrer na viagem para os Estados Unidos (que no imaginario comum é o “sonho americano”).
Fr. Tomas intervem no congresso de JPIC, em Guadalajara
Desde então, o fr. Tomas tem dedicado toda a sua vida a esta causa, procurando-se muitos inimigos entre os narcotraficantes, o crime organizado e até entre as forças da ordem. Por isso agora ele é vigiado por guarda-costas. Mas ele não sente medo pelas muitas ameaças que recebe, porque sabe que a sua obra não vai parar. Muitos outros estão a ajudar de várias maneiras, porque constatam os benefícios do seu trabalho. Um dos resultados mais visíveis são os 69 centros que, a partir de 2011, surgiram ao longo da “rota da esperança” para dar hospedagem aos milhares de migrantes que viajam para a fronteira americana.   


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