Estou no México, precisamente em Guadalajara (a segunda maior cidade do estado), participando dum curso internacional de formação relacionado com as temáticas de Justiça, Paz e Integridade da Criação. O tema do curso é: "Migração, causas, muros e perspetivas franciscanas". Somos 57 participantes, religiosos e leigos da família franciscana, a grande maioria vinda de México e dos países vizinhos.
Até esta manha as exposições foram muito interessantes, mas também um pouco "académicas", teóricas. Mas hoje foi diferente com o fr. Tomas González a falar sobre o seu Hogar-refugio para pessoas migrantes La72, um lugar de hospedagem perto de Tenosique, no estado de Tabasco. Esta estrutura, criada pelo nosso irmão, acolhe neste momento cerca de 400 migrantes, sobretudo cidadãos de Guatemala, Honduras e El Salvador. Foi um testemunho muito forte, que nos tocou profundamente. Ele contou muitos factos incríveis, historias a arrepiar a pele; deu voz ao terrível sofrimento de tantas pessoas que são maltratadas, violentadas, torturadas só porque migrantes sem documentos.
Tudo isso, juntado com o filme Sin nombre (que vimos há dois dias) sobre o crime organizado e a emigração entre México e Estados Unidos, está a tornar este curso muito vivo e atual. E impulsiona-nos a tomar uma posição clara em favor dos migrantes de todos os países do mundo.
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