quinta-feira, 4 de junho de 2020

Para onde vai a Guiné-Bissau?

E' a grande pergunta que todo o mundo se faz, diante da "agonia" das instituiçoes: assembleia
A Assembleia Nacional Popular
nacional, governo, sistema sanitário, supremo tribunal. Não tenho medo de dizer que estamos indo para uma ditadura, embora - claro - seja difícil a admitir. Senão, vejamos.
O poder está nas mãos dos militares, que podem prender e torturar à vontade um deputado da nação e ninguém intervém para o defender; os mesmos podem ameaçar de morte outro deputado, só porque se recusa a alinhar-se com a bancada do presidente Sissoko. Mas onde estamos? para onde vamos?
O próprio "presidente", ilegitimo por ter tomado o poder com a força, viaja fora do país para "fazer controlo médico" em Paris, desprezando as regras de confinamento e de interdição de viajar que ele mesmo impôs aos seus concidadãos! Para onde vamos?
O mesmo presidente que insulta os magistrados do Supremo Tribunal acusando-os de "bandidos" só porque não estão do seu lado! Onde está a separação e a independência dos poderes?
E' evidente que estamos diante de ameaçasa graves à nossa democracia, que está a tornar-se cada vez mais uma autêntica ditadura.
O próximo passo será, com toda a probabilidade, a dissolução da Assembleia Nacional Popular, como já foi anunciado pelo próprio presidente, caso o Cipriano Cassamá nao consiga formar um novo governo até ao dia 18 de junho.
E' necessário que a sociedade civil, as instuitões, as Igrejas, despertem do sono e levantem a sua voz, antes que não seja tarde demais. O silêncio neste caso não serve a ninguém. Ou melhor, faz o jogo dos tiranos e prepotentes.

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