segunda-feira, 20 de junho de 2011

Casamentos cristaõs

Na nossa paróquia os casamentos são frequentes. No ano passado, por exemplo, celebramos treze casamentos. Foi um ano abundante. Este ano os casamentos foram (apenas) seis, até à data presente. Mas a particularidade deste ano são os casamentos “internacionais”, quer dizer, entre cônjuges de nacionalidade diferente.
No dia 14 de Maio, tivemos um casamento entre um nigeriano (Levi Ebere Chukwu Obiagwu) e uma ivoriana (Epiphanie Ouattara Sarah). A pedido dos noivos, a celebração foi nas duas línguas: as leituras foram em inglês e francês; a homilia foi em francês; a promessa de fidelidade foi feita por cada um na sua língua materna. Estavam presentes os membros das duas comunidades católicas presentes na Guiné: francófona e anglófona. Foi mesmo bonito.
No dia 28 foi a vez de um italiano, amigo dos franciscanos (Denis Rossi) que casou com uma guineense (Judite Paulo Sami ), que foi cozinheira da nossa fraternidade. Neste caso a cerimónia foi toda em crioulo (o dialecto nacional da Guiné), com o noivo a fazer um grande esforço para pronunciar correctamente a fórmula de fidelidade. Tudo correu bem e agora os dois já estão na Itália. 


É extraordinário constatar como o amor humano pode ser tão forte que faz ultrapassar todas as barreiras (de nação, língua, cultura, religião) e ligar pessoas numa aventura que é sempre apaixonante, mas também cheia de riscos, surpresas, incógnitas. Costuma-se dizer que o amor é cego. Pessoalmente, prefiro pensar que o amor é a maior “invenção” de Deus, a sua dádiva mais extraordinária aos homens. E o sinal mais seguro da sua presença entre nós.

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